segunda-feira, 6 de junho de 2011

E o que tirei disto tudo...

A disciplina de Fotojornalismo está chegando ao fim, e é hora de somar os aprendizados. E sim, fazer um resumão, auto-avaliação de tudo que aprendi. 

Sempre adorei fotografias, mas era totalmente leigo no assunto, apenas um spectator (hoje eu sei o que é um) sem noções técnicas nenhuma. E esperei muito ansiosamente para fazer esta matéria. O que tirei dela foi uma experiência fantástica, aprendi a gostar mais ainda de fotografia. E a metodologia de documentar, e poder contar meu "histórico" de avanços neste blog fez disto tudo uma vivencia ainda melhor.

Sem duvida um dos pontos altos da disciplina é a parte pratica. Ela possibilitou conhecer o que realmente é a fotografia. Uma coisa é aprender somente a teoria, e acumular conhecimento, outra totalmente distinta é por em pratica aquele conhecimento. Desse processo de teoria e pratica surge a sabedoria. E as duas etapas são indispensáveis. Sobretudo a pratica, quando você é o obturador, o momento de bater a foto é sem duvida mágico, e só vivenciando isso para entender o que realmente é a fotografia.

Saio desta experiência com a certeza de que um dia continuarei sem duvida a fotografar e estudar mais sobre o assunto, e mesmo que não seja esta minha profissão, será sim meu hobby.  

domingo, 29 de maio de 2011

Fusão

Em fotografia, fusão é quando dois objetos distintos se sobrepõe na foto. Pela falta de profundidade, e de sombra, duas imagens ficam achatadas, dando idéia de que estão unidas. A fusão pode ser intencional ou não, de forma intencional é bastante usada cômicamente. Quando não é intencional, causa uma confusão não entendida. 

Foto com fusão intencional:

Como dizem, uma imagem vale mais que mil palavras


Texturas e Padrões

Atividade cujo o objetivo era fazer uma foto de textura, e outra que possuísse um padrão. Na foto com textura era necessário que houvesse um cuidado com a luz, para que as sombras dessem uma idéia original de profundidade. E na foto de padrão, era preciso observar a harmonia.

Foto 1. Textura



Foto 2 - Padrão 

Foto em Movimento

Não, não é cinema. Se trata da  ultima atividade, em que a meta era a produção de três fotos em "movimento". Com uma velocidade muito baixa, para que fosse possível que a luz entrasse e não desse tempo para congelar a imagem, assim causando um efeito de "borramento" da foto. 
As instruções eram as seguintes: 

•Fotografar com abertura 8
•Fotografar com iso 100
•Fotografar somente objetos em movimento
•Fotografar com tempo/velocidade abaixo de 15 segundos.
Ao resultado então:
Foto 1- Pode não parecer, mas nossa colega Rafaela está nesta foto


Foto 2 - Val alçando vôo 


Foto 3 -  Edmilton perdendo um dos braços










Enquadramento

Bem esta foi uma das primeiras atividades da matéria de Fotojornalismo, e o objetivo era que se tirasse uma foto para cada tipo enquadramento. Existem três tipos de enquadramento, Plano aberto, Planos médio e Plano fechado, que possuem subdivisões cada.

As fotos desta atividade foram produzidas pelo grupo que era composto por Edmilton Santos, Socrates Junior, e minha pessoa Jonas Pinheiro

Vamos as fotos:

Plano Aberto

Grande Plano Geral (GPG)- Usados usualmente para paisagens, e a figura humana geralmente não aparece, e se aparece é pequena demais frente a paisagem.


Plano Geral- Usado também para paisagens, se não aparecer figura humana descreve o ambiente, se aparecer localiza o personagem.



Planos Médios

Plano Conjunto- Cabem mais de três pessoas na foto. 


Plano Médio - Retrata uma ou duas pessoas da cintura para cima.


Plano Americano - Cabem uma ou duas pessoas na foto, retratadas do joelho para cima.


Planos Fechados

Primeiro plano - Foto dos ombros para cima.


Close-up - Plano bem próximo, mostrando detalhes do rosto.


Plano Detalhe - Mostra apenas um detalhe do objeto fotografado.


domingo, 22 de maio de 2011

Conotação

Uma fotografia carrega com si, uma serie de significados, e estes significados se multiplicam dependendo da forma que a imagem é "lida". A foto, assim como a linguagem escrita, pode ser interpretada segundo dois planos, o conotativo, e o denotativo. No plano denotativo a leitura que há é superficial, e mais referencial, sem um maior aprofundamento no significado da imagem. Seria uma interpretação literal do que é visto. No plano conotativo a leitura feita é plural, e cheia de significados, pois carrega uma maior série de preceitos culturais, e maiores significados, não se restringindo ao que é "visto" na imagem. 

Nesta atividade o objetivo era a a produção de um quadro fotográfico onde fosse expresso algum tipo de emoção, e que fosse explicado seu sentido conotativo. Além desta explicação, também a produção de uma legenda informativa/conotativa, e um memorial descritivo da fotografia.


Garoto  a beira-rio observando as águas da vida passar

Na fotografia acima, se partissimos de uma leitura denotativa entederiamos apenas como uma imagem de uma pessoa, sentada às margens de um rio. No entanto, se formos interpreta-la conotativamente, que é o objetivo,  podemos entendê-la de outras formas. A posição em que o garoto se encontra (com a mão queixo) leva a nos crer devido a preceitos culturais que ele se encontra pensativo. Outra coisa a se observar na foto é seu olhar perdido, que em meio a paisagem natural parece não se fixar em nenhum ponto da imagem. Além de estar na beira de um rio, o que conota diversas relações poéticas com a vida.

A fotografia possui abertura de  F= 4.0, e tempo/velocidade Shutter=40.

Memorial:
Foco em Primeiro Plano
Regra dos Terços

Hierarquia dos elementos

Uma foto é composta por certos componentes. Meio que pela natureza de nossa cultura, alguns elementos sobrepões outros na imagem, na medida que chamam mais atenção. Não que isto exclua, ou esconda os outros componentes, mas a atenção do spectator naturalmente vai ser atraída ao componente mais importante.
Numa imagem temos componentes vivos, móveis e fixos. De forma que os componentes vivos sempre exercem supremacia sobre os demais, e os móveis exercem sobre os fixos.
Na atividade a seguir foi proposto um exemplo de cada um desses casos, de forma que todas as fotos fossem feitas usando a regra dos terços e em plano conjunto. Além de serem produzidas legendas informativas para cada uma delas.

Foto 1. Componente Vivo


Nas margem do Rio Paraguaçu, e sob chuva, civis tentam consertar carro que parou de funcionar.

Foto 2. Componente Móvel


Um dos barcos de passeio atracado no Rio Paraguaçu. Os passeios de barco, são um dos atrativos turísticos da cidade de Cachoeira.

Foto 3. Componente Fixo


É cada vez mais raro encontrar um orelhão funcionando hoje em dia. O serviço vem perdendo espaço devido a popularização da telefonia móvel.


domingo, 8 de maio de 2011

Legendas

A legenda é um recurso muito importante numa foto, ela pode mudar totalmente a interpretação do spectator acerca da imagem. Nos veículos jornalísticos, elas devem funcionar como complemento da foto, dando alguma informação a mais do que já é sabido pelo o leitor. No entanto não raro o que vemos nas paginas dos jornais, revistas e blogs, são legendas descritivas e sem muita, ou nenhuma, informação complementar.
Esta atividade consistia em produzir duas fotos, e criar legendas para elas. A primeira foto deveria ser feita em plano conjunto, com o uso da regra dos terços. A segunda foto deveria ser em primeiro plano, com o objeto centralizado. 

Foto 1


Artesão tem como principais clientes os alunos da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Foto 2


Protestos marcam eleição para reitor no Centro de artes Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Fotos sob encomenda

Nesta atividade o objetivo era fazer fotos "sob encomenda". Parece estranho, mas é quase isso, eram para ser tiradas duas fotos com uma combinação de elementos diferentes. Em que dois deles eram obrigatórios: um dos enquadramentos, e a regra dos terços.

A minha "encomenda" foi uma foto com regra dos terços, moldura, foco em primeiro plano, e enquadramento em plano aberto. E uma outra foto usando regra dos terços, ponto de fuga, foco em segundo plano em plano médio.

Primeira foto:
Regra dos terços- Moldura- Foco em primeiro plano- Plano aberto.


O resultado desta foto não foi o esperado, devido a dificuldade da "encomenda". Numa foto em Plano aberto, seja ela grande plano geral (GPG) ou plano geral (PG), o objetivo é mostrar um grande cenário, logo fica difícil usar a regra dos terços, levando-se em conta ainda que figuras humanas não podem ser enfatizadas numa foto em plano aberto. Além dessa dificuldade a foto ainda deve possuir uma moldura, o que aumenta ainda mais a dificuldade da foto.
Bem, como vocês devem ter percebido que não cheguei nem perto do que foi pedido não é mesmo. Tentei usar as arvores como moldura, no entanto não serviram como tal.    

Segunda foto:
Regra dos terços- Ponto de fuga- Segundo plano- Plano Médio


A maior dificuldade desta foto é o foco, "encomendado" sem segundo plano. As câmeras semi automáticas utilizadas não tem capacidade para controlar a lente, logo fica quase impossível fazer uma foto em segundo plano. Outra dificuldade que encontrei ao fazer as fotos foi o ponto de fuga, que teoricamente parece fácil, só teoricamente. Tentar fazer com que todos os elementos de uma foto "convirjam" para um mesmo ponto me pareceu bastante complicado.
Resultado, mais uma foto que não atendeu a "encomenda". Sem ponto de fuga, e também  sem foco em segundo plano.


domingo, 1 de maio de 2011

"Variações de uma mesmo tema"

A ultima atividade proposta possuía a intenção de perceber as variações na foto, de acordo com mudanças em dois fatores da maquina, o "tempo/velocidade" ( Shutter ) do obturador, e a "abertura do diafragma" ( F ). O fator de tempo/velocidade tem a ver com o tempo de exposição à luz, e a abertura do diafragma seria o fator de exposição a luz. 

Na foto abaixo, foi utilizado ISO: 200, F:6.3 e Shutter: 320




Nesta outra foto temos as mesmas configurações da de cima, com a mudança no valor do Shutter.

 ISO: 200, F:6.3, Shutter: 800



É possível observar que quando o Shutter possui o valor de 320, há uma maior captação de luz em relação a segunda imagem, em que o shutter foi maior, 800. Isso se dá porque  na primeira imagem o tempo de exposição a luz foi maior do que na segunda, já que o obturador demorou mais tempo para se fechar. Na segunda foto, o obturador se fechou mais rapidamente, ou seja houve menos tempo para que a luz entrasse.

Na segunda experiencia, o Shutter e o ISO foram mantidos, mas o fator F de exposição foi modificado.

ISO: 200, Shutter: 800, F: 4.5.  


Na segunda foto, o fator de abertura do diafragma foi aumentado.


ISO: 200, Shutter: 800, F: 7.1.




Pode-se observar que quanto menor o fator F de exposição maior é a captura de luz. Na primeira foto em que F=4.5 há maior captação de luz, que na segunda em que o F=7.1.

Estes são fatores que ajudam a compor a fotografia, e em que o fotografo deve trabalhar para obter uma foto de qualidade, e balanceada de acordo com o que o ambiente a ser fotografado pede.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Enquadrar-se


Ao se tirar uma fotografia, é possível utilizar elementos do local fotografado para se ter o que é chamado de “moldura” de uma foto. Estes elementos podem ser diversas coisas, tudo depende da criatividade do fotografo, e da intenção de destacar este ou aquele ”objeto” da imagem. Pessoas podem funcionar como moldura, paisagens entre outros.

Na foto abaixo temos uma moldura bem definida, apesar de não ser identificada. Os contornos laranja, pertencem a um cone, e emolduram a foto da pessoa, que está em um plano fechado, close-up.



Outro fator importante numa fotografia é o enquadramento escolhido pelo fotografo, que podem ser diversos. Na foto abaixo, temos uma foto em Plano Aberto, um Grande Plano Geral. É uma visão de São Félix, da cidade de Cachoeira. São varias as formas geométricas que aparecem, de forma balanceada. Pela forma que elas estão enquadradas, apesar da grande diferença de tamanhos, elas estão em equilíbrio de proporções.


domingo, 3 de abril de 2011

Sob diferentes perspectivas

Terceira postagem do blog, e nela tentarei expor um pouco do aprendido sobre "perspectiva" diante das fotos. Um dos principais diferenciais de um fotografia é justamente a perspectiva, o ponto de vista do fotografo ao fazer a imagem. Do contrario as imagem seriam todas de certa forma iguais, e sem um diferencial.

A fotos abaixo são de um monumento em forma de Cruz de uma das praças da cidade de Irará.

Essa primeira foto foi tirada frontalmente com o monumento, de baixo para cima.Há um leve efeito de profundidade, e bem superficial.



Na foto a seguir temos a mesma cruz, porém a foto foi tirada um pouco mais  a esquerda, o que gerou um maior efeito de profundidade pois tornou-se possível a vista das outras dimensões da cruz.



Nesta terceira foto que foi tirada ao lado direito do monumento, em que se tem uma visão de "lado" quase que de perfil, há uma grande diferença em relação as outras fotos. Não dá para perceber de imediato do que se trata o monumento, e há uma sensação de profundidade até maior que nas outras, no entanto não se torna tão "legível" o objeto fotografado.


É possível perceber então como a diferença de ângulo, ou do local onde é tirada a foto repercute na imagem final. Dando uma variedade e opções para o fotografo "brincar" com a imagem.

domingo, 27 de março de 2011

Muito além de um simples flash

Quando estamos num ambiente escuro e queremos tirar uma foto, nos utilizamos do recurso do flash para conseguir uma fotografia. A luz é um elemento fundamental para a fotografia, na verdade sem luz não há foto. E a forma como essa luz é usada e canalizada irá definir a imagem formada pela câmera . 
No processo da criação fotográfica é a luz que vai determinar o produto.


Dependendo da fonte de luz, o produto pode ter cores e sombras diversas. Quando se há uma luz direta, as sombras da imagem serão duras. Será possível perceber mais detalhes da imagem, haverá um tanto maior de nitidez, e a imagem não terá muitas distorções.

A medida que a fonte de luz é diminuída a imagem vai perdendo a nitidez, e as sombras já não são tão mais duras.

Quando se tem quase ausência de luz, fica mais difícil de perceber a imagem, numa luz suave as sombras ficam desfocadas, é difícil de perceber a diferença entre os escuro e o claro.

Além de determinar a nitidez da imagem, as luzes também podem dar efeitos, e modificar as cores trazendo varios elementos novos.

A luz é muito mais então que um flash para iluminar o local a ser fotografado. Ela definirá a qualidade da fotografia, e a maior parte dos seus elementos.

domingo, 20 de março de 2011

Um dia de fotos

Sou do tempo em que a fotografia era ainda algo raro, e que não se tirava fotos o tempo todo para atualizar redes de relacionamento na internet. Não falo de muito tempo atrás, na verdade o desenvolvimento dessa tecnologia deu um grande salto nos últimos anos com o surgimento, e sobretudo, popularização da tecnologia digital. E pude presenciar uma parte dessa rápida mudança, numa cidade pequena, onde levava certo tempo para que se chegassem essas "novas" tecnologias. 

Meus pais, no entanto eram amigos de um dos poucos fotógrafos da cidade. Isso possibilitava que nossos registros fotográficos fossem além dos eventos que os fotógrafos costumavam trabalhar. Uma regalia se tratando que na cidade poucos tiravam fotos casuais, e mais poucos ainda tinham uma câmera fotográfica. Porém até mesmo as fotos casuais possuíam todo um ritual, o que as faziam não tão casuais assim. Um dia para fotos em família, com escolhas detalhadas de roupas e de lugares especiais. Presenciei esses momentos na minha infância, fotos que demoravam um tempo até serem reveladas e irem parar em álbuns que ficavam guardado e sempre eram consultados como resultado de um raro "dia de fotos".

Então presenciei também a popularização das maquinas analógicas, já podíamos tirar nossas próprias fotos, sempre havia alguém na família que possuía uma maquina. A essa altura o fotografo amigo da família já havia falecido, e cada vez mais o "dia de fotos" era deixado de lado. Já que, quando se tinha uma câmera e um filme para fotos casuais, não era mais preciso um profissional, um local especial, uma roupa especial. Meus pais passaram a deixar de lado também as fotos, com exceção dos eventos, eles pareciam ainda ter um pouco desse desejo por momentos únicos e especiais congelados por aquela lente. Mas não como antes é verdade.

Chegamos então a esta era digital, câmeras pequenas, com boa qualidade e com resultado instantâneo. Não é mais necessário todo um processo de revelação e todo um tempo que se fazia necessário para que fosse visto o resultado. Hoje ainda acho um tanto "irônico", quando meu pai ver fotos digitais e pede para "revelá-las", num mundo em que cada vez mais o costume é outro, hoje todo dia é dia de fotos.